quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sobre Grafia Braille

Apresentação realizada por Daisy Fortes sobre Grafia Braille

Atividades do Instituto

Porto Alegre, 06 de Agosto de 2007.

Instituto Luz dos Olhos Meus
Ação Jornada COEP pela Cidadania
Locais: Vila das Laranjeiras e Vila Santa Terezinha

Objetivos do Instituto:
Divulgação de possíveis causas da cegueira;
Esclarecimentos referentes a deficiência;
Apresentação de recursos usados pelos deficientes visuais;
Divulgação das atividades desenvolvidas pelo Instituto;
Esclarecimentos sobre a utilização de cães guias no auxílio a locomoção de deficientes visuais;
Dicas de convivência com a deficiência;
Auxílio veterinário.

Atividades Desenvolvidas:
Diálogo direto com a população, respondendo dúvidas e fazendo exposição dos assuntos pautados;
Apresentação de recursos de escrita e cálculos usados pelos deficientes visuais, bem com referência aos demais recursos possíveis de serem usados pelos Dvs;
Apresentação de fotos da primeira cão guia adestrada no Rio Grande do Sul, com palestra de esclarecimento sobre o assunto;
Cadastro de deficientes interessados nas atividades do Instituto
Auxílio veterinário na distribuição e medicação de vermífugos a serem distribuídos por empresa da área, bem como em esclarecimentos gerais referentes aos animais da comunidade

Representantes do Instituto:
Daisy Fortes (presidente);
Ângela Santos (vice presidente);
Laudri dos Santos (tesoureiro);
Letícia Zilli (veterinária);
Diego (?) (voluntário deficiente visual);

Recursos utilizados;
Reglete;
Sorobam;
Material impresso;
Folders;

DIA DA SOLIDARIEDADE 2008.

Bento Gonçalves, 01 de maio de 2008.


Tendo como objetivo comum a inclusão de PESSOAS COM DEFICIÊNCIA e a conscientização da sociedade das capacidades e dificuldades enfrentadas por elas, o Instituto Luz dos Olhos Meus, parceiro do COEP na divulgação e execução do Dia da Solidariedade, e do NAPNE do CEFET BG, desenvolverá no dia 20.05.2008, atividades de integração e vivência.
Durante esse dia, receberemos no CEFET BG deficientes de diversos segmentos que desenvolverão junto a alunos e servidores atividades que simulem seu deslocamento e experimentações quanto a sua percepção do mundo.
A vivência será realizada nas instalações do CEFET, onde também ocorrerão palestras sobre tecnologia assistiva e recursos para integração social.


ATIVIDADES


- Caminhadas com olhos vendados;
- Acesso as dependências de cadeira de rodas;
- Experimentação de situações e sensações;
- Conversa com os professores(inclusão em sala de aula);
- Vídeos;
- Métodos e mecanismos para a educação de pessoas cegas e de baixa visão (workshop)
- Palestra (dirigida aos alunos e servidores)*.

*ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO: UMA QUESTÃO DE ATITUDE

Tópicos abordados:

- Contextualização histórica (Breve introdução do tratamento do tema “Deficiência” na história da humanidade)
- Uma avaliação da sociedade atual (Barreiras Físicas versus Barreiras Atitudinais).
- A quebra dos paradigmas do senso comum (desconstrução de mitos e a avaliação da verdadeira função da pessoa com deficiência na sociedade atual)
- O papel da coletividade para com o deficiente e do deficiente para com ela (abordagem do preconceito e da preservação das características pessoais dos indivíduos com deficiência, sob a temática: Igualar os desiguais também não seria uma forma de barreira?).

Duração média: 40 minutos.

SUPERAÇÃO

• Breve palestra de voluntário da ADVBG sobre superação de limites, com vídeo demonstrando deficientes prticando esportes radicais.

AVALIAÇÃO

As atividades contaram com a participação de um número significativo de pessoas, as quais demonstraram grande interesse e sensibilização.
Durante as vivências, os participantes surpreenderam-se com as experimentações e demonstraram entusiasmo em relação aos conhecimentos adquiridos.

A ORIGEM DO INSTITUTO LUZ DOS OLHOS MEUS

Minha história com cães guias começou há cerca de três anos.

Há aproximadamente cinco anos tornei-me deficiente visual, decorrente de glaucoma em ambos os olhos. Aos poucos as imagens foram diminuindo, até sumirem.

Todo processo de adaptação é complicado, mas para mim, que sempre tive uma vida agitada, o mais difícil com certeza era a locomoção.

Passei a me interessar pela idéia de ter um cão guia (ou condutor), afinal sempre amei cachorros e iria unir o útil ao agradável.

Ao procurar informações sobre a possibilidade de obter um cão adestrado para conduzir-me, descobri pouquíssimas possibilidades de sucesso (na verdade só uma).

O único local no Brasil que chegou a anunciar que bastava inscrever-se e logo seria chamado para treinamento com seu cão, nunca cumpriu a promessa e parece estar desativado (O Projeto Integra - Brasília - DF).

Foi quando a amiga Ângela Santos, assistente social de um projeto que profissionaliza deficientes, descobriu em Santa Cruz do Sul um novo projeto para adestramento de cães condutores, desenvolvido por Guilherme Posser (adestrador de cães), com o apoio da ASDV (Associação Santacruzense de Deficientes Visuais).

Conseguimos contato com eles e com as dificuldades de levar o projeto adiante sem certeza de êxito, pois tinham apenas três fêmeas filhotes de labrador, que ainda levariam alguns meses de crescimento e observação antes do treino para condução propriamente dita. Neste período, os filhotes seriam observados quanto à saúde e temperamento.

Muitos meses de ansiedade se passaram. As outras duas fêmeas não concluíram o treino, uma por problemas físicos, a outra pela hiperatividade. Só eu recebi a amiga Zahra como condutora.

Apaixonei-me por ela no primeiro encontro. Passei por períodos de visitas e adaptação, pois a maior parte do tempo ela estava em Santa Cruz do Sul com Guilherme, e eu em Porto Alegre. A cada despedida, uma angústia cheia de esperança.

É difícil definir a importância de minha condutora e amiga. Leva-me às aulas, ao estágio, longas caminhadas sem esbarrar em nenhum obstáculo, com segurança, e ainda me enche de carinho.

Posso dizer que era uma deficiente antes da Zahra, e sou uma deficiente adaptada com ela. Ela é “A Luz dos Olhos Meus”.

Mas não basta! Outros deficientes têm direito a esta segurança.

O projeto desenvolvido em Santa Cruz do Sul não tinha apoio para continuar, no entanto, em Porto Alegre, Zahra passou a despertar cada vez mais o interesse de pessoas portadoras de deficiência visual que se locomovem entre tantos obstáculos que as cidades maiores apresentam.

Não por acaso, além da amiga Assistente Social, tenho uma fiel amiga veterinária (Letícia Zilli), e juntamente com Guilherme e nosso novo amigo Ricardo Perez, estamos fazendo este sonho se tornar realidade.

Com o avanço desse trabalho, e em busca de uma qualidade de vida cada vez melhor para os deficientes visuais, passamos a considerar os outros fatores importantes para inclusão dos DVs na sociedade de forma mais igualitária.

Adquirir um meio mais seguro de se locomover, tornar-se mais independente, é fator fundamental para que possamos desenvolver mais nossas capacidades, porém em um mundo tão competitivo, é apenas uma ferramenta, por mais potencial que o ser humano possa ter a de ser desenvolvido para que obtenha resultados significativos.

Diante disso, mais um desafio para o “Luz dos Olhos Meus“, ajudar o maior número possível de DVs no desenvolvimento de suas habilidades, e na capacitação profissional.

Acreditamos em um mundo de igualdade, respeito, humanismo e principalmente amor ao próximo, e queremos fazer a nossa parte.



por Daisy Fortes